Google realiza cortes em massa nas equipes do Android, Chrome e Pixel
Demissões atingem centenas de funcionários da divisão de plataformas e dispositivos da empresa. Saiba o que está por trás da decisão da big tech.
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4/12/20252 min read


Reestruturação na Alphabet: impacto direto no Android e Chrome
A Alphabet, empresa controladora do Google, realizou recentemente demissões em larga escala nas equipes responsáveis pelo sistema Android, pelo navegador Chrome e pelos dispositivos Pixel. A informação foi revelada pelo portal The Information, que confirmou os cortes como parte de uma reestruturação interna.
As demissões afetaram centenas de colaboradores da divisão de plataformas e dispositivos, área estratégica que integra os principais produtos do ecossistema Google. De acordo com fontes próximas à empresa, os desligamentos ocorreram após um programa de saída voluntária oferecido em janeiro deste ano.
Declaração oficial e contexto das demissões
Em nota, um porta-voz do Google afirmou que a decisão faz parte de uma estratégia de otimização organizacional:
“Desde a fusão das equipes de Plataformas e Dispositivos no ano passado, temos focado em nos tornar mais ágeis e operar de forma mais eficaz, o que incluiu algumas demissões além do programa de saída voluntária.”
A empresa ainda não comentou publicamente sobre o total de funcionários afetados, nem sobre a distribuição exata dos cortes entre os setores de Android, Chrome e Pixel.
Funcionários na “geladeira” na DeepMind:
Google paga colaboradores para não migrarem para concorrentes
Enquanto alguns profissionais enfrentam desligamentos, outros vivem um cenário inusitado: estão sendo pagos para não trabalhar. A prática foi revelada pelo Business Insider e envolve funcionários da DeepMind, braço do Google focado em pesquisas em inteligência artificial (IA).
Esses colaboradores concluíram projetos de destaque e, para evitar sua saída para empresas concorrentes, o Google teria firmado contratos de não concorrência, com duração de até 12 meses. Durante esse período, os funcionários permanecem inativos, aguardando novos projetos ou simplesmente “parados” — com salário mantido.
“Ficar de fora do mercado de IA pode ser um prejuízo”
A reportagem do BI destacou que esses contratos de não concorrência têm gerado frustração. Muitos profissionais sentem-se limitados por não poderem continuar atuando em um mercado competitivo e em constante evolução como o de IA.
A situação foi corroborada por Nando de Freitas, vice-presidente de IA da Microsoft, que afirmou em uma publicação no X (antigo Twitter) que recebeu mensagens de profissionais da DeepMind buscando alternativas para sair desses acordos.
O que esperar do Google daqui para frente?
As recentes movimentações da Alphabet mostram um cenário de transformação interna. Por um lado, a empresa busca se tornar mais eficiente e competitiva em seus principais segmentos, como o Android e o navegador Chrome. Por outro, enfrenta desafios relacionados à retenção de talentos no acirrado mercado de inteligência artificial.
Essas mudanças levantam questões sobre os rumos da big tech em 2025, especialmente em um contexto de forte concorrência com gigantes como Microsoft e Amazon, que também investem pesado em IA, cloud computing e dispositivos inteligentes.